quarta-feira, 25 de maio de 2011

INDIGNAÇAO DO MAGISTERIO CATARINENSE

O espetaculo foi montado na ante-véspera da viagem do governador a Europa - 11/05/2011. Por determinação superior os investimentos no Estado, via financiamento do BNDES não poderia inviabilizar o pagamento do piso aprovado pelo Supremo Tribunal Federal. Todavia, a oficialização do pagamento ocorreria com a volta do titular. Desta forma e com a informação de retirada da medida provisória que nivela por baixo a categoria e a transferencia da reunião do executivo com a categoria para segunda feira - já com o titular no posto, o Sr. Vice fez o papel indevido e sai mau na foto. Novamente, o PMDB sai execrado pela categoria e os Demistas com faturamento politico e fortalecidos para o aconchego de PSD - antigo partido dos latifundiarios.
Ou seja, pega-se uma questão inconteste, monta-se um espetaculo de nível secundarista e produz a imagetica do bom governante e fatura politicamente. Valeu a pena ter lido Guy Dbord para não ser iludido com estas generosidades dos governantes que não constituem grupo de intelligentsia.

domingo, 1 de maio de 2011

LIBIA VERSUS OCIDENTE EM CRISE

Considerando que os resultados no Egito, na Tunísia, na Síria e em outros países muçulmanos não favorecem a política de beligerância dos EUA e sua direita judaica, a incursão sobre o regime da Líbia aparece como algo lógico e trivial neste contexto. Todavia, existe elementos velados que são possivelmente a substancia da atual investida patrocinada sob o auspício da ONU. Vejamos as razões possíveis:
1 - A crise do capitalismo - neoliberal - iniciada em agosto de 2008, nos chamados países centrais não existe perspectiva de superação;
2 - Os países emergentes tem se organizado e se estruturado de forma econômica e política. Na política externa os emergentes - principais - tomam fôlego com a reunião do BRICS em Pequim e coloca o G7 em prontidão;
3 - A economia dos EUA não dá sinais de recuperação. Ao contrário, a crise se aprofunda a cada trimestre;
4 - As ditaduras árabe pró-EUA estão dilacerando-se. A proposta de democracia eleitoreira não tem convencido aos árabes que este é o caminho;
5 - A crise na Europa está pulando de país em país. A comunidade europeia agora é, somente, comunidade financeira. As questões nacionais e étnicas afloram a cada momento.
Tudo isto é obviedade histórica. Cabe então a indagação: qual a real causa da ação terrorista da ONU sobre a Líbia?
Acontece que o seu ditador - o Sr. Kadafi - criou um Banco Central na Líbia que não está sob o controle dos organismos internacionais. Qual o efeito disto? A Líbia é soberana sobre os seus recursos e sobre os lucros advindos destes recursos. E mais: o banco central Líbio empresta aos seus cidadão - para investir na produção de riquezas - sem a cobrança de juros. Isto significa que a riqueza da Líbia está a serviço do povo Líbio e não está a serviço do capitalismo internacional.
Qual o problema para o mundo ocidental? Já pensaram se os países emergentes olharem com carinho para a ideia do Banco Central da Líbia? Já pensaram se os países passarem a ter maior controle sob os Bancos Centrais e utilizarem seus recursos para materializar políticas públicas benéficas a maioria da população? Imaginemos os países do BRICS criando um banco central nos moldes da Líbia? Por certo quebrariam de vez a Europa e o EUA e ou os colocariam em crise eterna.
Prova contundente e resposta a estas indagações é que a primeira medida criada para os rebeldes da Líbia foi a fundação de um Banco Central sob o controle internacional pelos países que atacam a Líbia. O que nos leva a pensar que a questão petróleo torna-se secundária.
Considerando que esta premissa é verdadeira - na atualidade - podemos afirmar que a ONU no seu modelo atual está cativeira daqueles que se consideram donos do mundo e necessita uma reformulação urgente. Na mesma dimensão far-se-à necessário substanciar a proposta de democracia com outras intelecções e concepções filosófica-política. A base filosófica grega e ou da Revolução Francesa já foram para o saco. Portanto, não dá para fazer nem reciclagem do saco. É importante produzir outras matizes filosóficas e políticas. Este arcabouço chegou ao seu esgotamento máximo. Vamos esperar os encaminhamentos que a história nos dará. Até lá é necessário estarmos atentos.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

REBELIÃO NO MUNDO ÁRABE

Primeiramente, faz-se necessário estabelecer que os acontecimentos dos últimos dias no mundo Árabe não é processo revolucionário. É processo de rebelião popular. Movimento meritório. Porém, não avança para além do processo liberal capitalista: eleições e democracia. Portanto, adequação ao modelo capitalista de liberdades e de política.
Todavia, o movimento tem o seu mérito e possibilita algumas intelecções memoráveis. A primeira delas é: em que medida a CIA Americana está metida nisto? Porque os movimentos começaram nos países periféricos do Mundo Árabe - em Dezembro - e agora chega ao Irã? Mera coincidência? ou existe um plano estratégico para desestabilizar o governo iraniano devido a questão nuclear?
Penso, que o alvo é o Irã. Mas, a história em curto espaço de tempo dirá se esta assertiva é verdadeira.
Numa retrospectiva histórica na América Latina - Venezuela, Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, dentre outros - mesmo no processo de eleição democrática a CIA colocou os dedos e quando não as mãos. Na África não tem sido diferente. Aí cabe a questão: porque seria diferente no Mundo Árabe?
Uma obviedade nos noticiários do PIG (Partido da Imprensa Golpista) é escamotear a grande questão que está - realmente - em jogo: o interesse dos EUA na região e no enfraquecimento do governo iraniano e, quem sabe, por fim na revolução dos Aiatolás.